Descobre-se.

Depois de um tempo descobre-se que não há mais tempo para fazer aquilo que acalma o coração. Logo após um longo período, fica claro o que os adultos querem dizer quando falam que 24h é pouco para um dia só. Hoje percebi que não sou mais uma criança e que, as vezes, nem mesmo penso como uma. Embora, em meu coração, ainda bata aquele sentimento puro que existe no coração de cada criança. 
Sinto falta da inocência, tento ao máximo me apegar a ela, mas assim que se perde um pouco torna-se complicado não perdem o restante. Tudo requer um pouco mais de vontade, de perseverança. Tudo torna-se mais complicado assim, mais complicado a medida em que é necessário mais do que o expontaneo para ter-se o que deseja. As pessoas passam a exigir mais dos outros, você acaba exigindo mais de você e do que você é capaz. O tempo torna-se insuficiente para o que você pensa que precisa fazer e para o que você realmente deve fazer. 
As vezes penso que tudo não passa de um belo disperdicio e que devíamos viver a vida com uma festa sem fim e sem culpa. Lembro-me que devo ter amor há tudo o que faço para que essas coisas, de fato, tornem-se a minha tão sonhada festa. Porém, não são todos os momentos formados por festas, em alguns momentos nem mesmo existem motivos para comemoração e graças a esses momentos que posso, realmente, entender a felicidade que existem em mim. 
Por que não podemos voltar e nuca descobrir o quão curta nossas vidas são? Poderia eu voltar a minha infância e desfruta-la por mais alguns anos? Ou, quem sabe, voltar a minha adolescência não tão distante e aproveitar minhas tardes tediosas e minhas conversas incessantes? Não. Não a partir do momento em que se descobre que o tempo é inflexível e insubstancial, quando se descobre que quando se é necessário o tempo passa devagar perante os olhos e quando desnecessário passa-se rápido como o vento em dia de tempestade. 

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